Tot a estru

- Audric del Vilar -


    Sirventes escrito por Audric del Vilar, responsável pelos cuidados do jovem Marcabru. é uma crítica e conselho ao trovador Marcabru, dizendo que se não evitasse as críticas aos outros em seus poemas, certamente aposentaria mais cedo (morreria). Foi escrito em resposta ao poema D'aisso laus Dieu.

(1)
Tot a estru
Vei, Marcabru,
Que comjat voletz demandar.
Del mal partir
Non ai cossir,
Tant sabetz Mesur' esgardar.

(2)
Ia non creiretz
D'aquesta vetz
Cels qui nos volrian mesclar.
No·t teing per mois
Si non conois
Qual te vol far refolleiar.

(3)
Grans er tos sens,
Si ren sai prens,
Per nuilla paor de chantar
En rauca votz
Que ruich e glotz
E non glafilla n'aut ni clar.

(4)
S'agues aver
E mon poder,
Garnitz vos fora del donar,
E car non l'ai,
Prendetz balai,
Que non podetz ren al portar.

(5)
Petitz enfans
M'as trobatz tans
Que l'uns non pot l'autre levar!
Cill m'an escos,
Fe que dei vos,
Tot quant eu solia gabar.

(6)
De gran folles
T'es entremes,
Cum fes lo moutos de lairar,
Quan sai de Bles
A mi vengues
Per negun aver conquistar.

(7)
Reconogut
T'ai, Pan-perdut,
E cuidavas ton nom celar!
Quan tornaras,
Segurs seras
De seignor et ieu de joglar.

Tradução

(1)
Todo apressado,
Te vejo, Marcabru,
Que aposentadoria quer pedir.
Um mal começo
Não acho que terá;
Desde que saiba manter moderação.

(2)
Você não acreditaria
Desta vez,
Esses querem nos misturar.
Não te tenho como sábio
Se você não reconhece
Quem quer que você faça tolices.

(3)
Seu senso é grande,
Se você começar algo aqui,
Sem medo de cantar
Com a voz rouca
Que ruge e cacareja
E não pode tecer um som alto e claro.

(4)
Se eu tivesse riquezas
Em meu poder,
Eu te cobriria de presentes,
E, uma vez que não tenho nada,
Pegue uma vassoura:
Pois você não consegue carregar mais nada.

(5)
Pequenas crianças,
Você encontrou tantas,
Que uma não consegue segurar a outra.
Elas me despojaram,
Pela minha fidelidade,
De tudo que eu costumava desperdiçar.

(6)
Com tantas tolices
Você se ocupou.
Como um carneiro que late,
Quando, lá de Blois,
Você veio para mim,
Para conquistar algum dinheiro.

(7)
Eu reconheci,
Tu, pão perdido,
E cuidava de esconder seu nome!
Quando você voltar,
Teremos certeza,
Que você terá um senhor, e eu um bobo da corte.

Mensagens populares deste blogue